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Alimentação para Tilápia – Tudo sobre povoamento e criação

Para a criação de tilápias em viveiros de terra no sistema semiintensivo, com baixa renovação de água, adubações e o uso de rações balanceadas, são recomendados de dois a três alevinos por metro quadrado de lâmina de água. Recomenda-se que os alevinos sejam adquiridos apenas de fornecedores idôneos que tem um bom manejo e controle sanitário. Os alevinos devem ter, no mínimo, de 3 a 5 cm de comprimento, quando estão mais desenvolvidos e resistentes. O transporte deve ocorrer nas horas mais frescas do dia, sendo feito em sacos de plástico com um pouco de água e o restante completado com ar comprimido, rico em oxigênio. Cada embalagem possui a capacidade para transportar de 500 a 1.000 alevinos por 16 a 18 horas.

Povoamento de Tilápia no criatório

Antes de soltar os alevinos, os sacos devem fi car fl utuando no viveiro por 10 a 20 minutos, a fi m de que a diferença de temperatura entre a água do saco e a do viveiro seja a menor possível, evitando choques térmicos. Após esse período, a embalagem pode ser aberta, fazendo com que um pouco de água do viveiro entre no seu interior e os alevinos saiam lentamente, o que possibilita melhor adaptação às novas condições.

O povoamento deve ocorrer de cinco a sete dias depois das adubações e enchimento dos viveiros com água. Isso irá permitir um bom desenvolvimento do plâncton, fazendo com que os alevinos encontrem uma quantidade adequada de alimentos naturais, e também irá reduzir o aparecimento de larvas de insetos que podem causar danos aos alevinos. Existe um sistema que utiliza pequenos viveiros de recria (berçários), com área que varia de 4 a 5% da área dos viveiros de engorda, nos quais os alevinos permanecem por 30 a 40 dias.

Nesses pequenos viveiros, a proporção utilizada é de 20 a 25 alevinos por metro quadrado, e possibilita melhor controle na disponibilidade de alimentos e na prevenção de ataques de predadores, o que garante maior taxa de sobrevivência. Outro sistema usa pequenos tanques-rede de malha fi na, instalados dentro dos próprios viveiros de engorda, com bons resultados. Os predadores de alevinos mais comuns são: os insetos (barata d’água, larvas de libélula), as aves (martim-pescador, bem-te-vi, mergulhão, garça) e os peixes carnívoros (traíra).

Alimentação para as Tilápias

As tilápias têm o hábito alimentar fi toplanctófago e conseguem fazer um bom aproveitamento do alimento natural disponível em viveiros com “águas verdes”. Mesmo em viveiros com alta densidade, o plâncton chega a contribuir com 30% do crescimento das tilápias.

Com isso, surge a importância de o piscicultor seguir um programa de adubação para a formação do plâncton, a fi m de evitar o erro de manejo ao renovar em excesso a água do viveiro. O plâncton contribui para o balanceamento da dieta, fornece nutrientes que podem estar ausentes ou em quantidades insufi cientes na ração.

As trocas de água são necessárias apenas quando a biomassa de peixes é maior que 600 g por metro quadrado (6.000 kg/ha) ou quando a taxa de alimentação está acima de 80 kg de ração por hectare por dia. Nesses casos, a utilização do disco de Secchi é essencial para controlar os níveis ideais de plâncton. Na Tabela 3, são mostradas algumas estratégias de alimentação na cria, recria e engorda de tilápias, em viveiros de terra com plâncton.

Tabela 3. Recomendações para a alimentação de tilápias em viveiros
com águas verdes.

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As rações comerciais para peixes estão disponíveis em grande variedade de apresentações (em pó, peletizada, extrusada), formulações, níveis de proteína bruta (PB) e tamanho do grânulo. Os tipos de ração devem utilizados de acordo com o sistema e a fase de criação dos peixes. Na criação em viveiros, a quantidade de ração que deve ser oferecida, diariamente, é ajustada de acordo com um percentual sobre o peso vivo (%PV) dos peixes, que varia de 6 a 1%.

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A frequência alimentar (número de refeições por dia) varia de 3 a 1 refeições diárias. A temperatura da água exerce forte infl uência sobre o metabolismo dos peixes, afetando diretamente o seu apetite e o consumo de alimentos. Assim, quando a temperatura da água estiver fora da faixa ideal de 25 a 28ºC, a quantidade de ração calculada deve ser ajustada de acordo com a Tabela 4.

Tabela 4. Ajustes na alimentação de tilápias de acordo com a
temperatura da água.

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tipos de ração devem utilizados de acordo com o sistema e a fase de criação dos peixes. Na criação em viveiros, a quantidade de ração que deve ser oferecida, diariamente, é ajustada de acordo com um percentual sobre o peso vivo (%PV) dos peixes, que varia de 6 a 1%. A frequência alimentar (número de refeições por dia) varia de 3 a 1 refeições diárias.

A temperatura da água exerce forte infl uência sobre o metabolismo dos peixes, afetando diretamente o seu apetite e o consumo de alimentos. Assim, quando a temperatura da água estiver fora da faixa ideal de 25 a 28ºC, a quantidade de ração calculada deve ser ajustada de acordo com a Tabela 4.

Quanto mais próximo da saciedade (capacidade máxima de consumo) os peixes são alimentados, melhor o crescimento e pior a conversão alimentar (maior a quantidade de ração para produzir 1 kg de peixe). Para peixes pequenos (até 30 g), como o consumo de ração é pequeno, deve ser buscado o melhor crescimento. Quando os peixes fi cam maiores e o consumo de ração é mais signifi cativo, deve-se priorizar a conversão alimentar, limitando o consumo entre 80 e 90% da saciedade (capacidade máxima de consumo). Uma maneira prática de aplicar o limite de consumo na faixa entre 80 e 90% da saciedade é utilizar rações extrusadas fl utuantes, seguindo a regra dos 15 minutos.

Regra dos 15 minutos na alimentação da Tilápia

  • Durante uma refeição, observar o tempo necessário para o consumo da ração. Se demorar mais de 20 minutos, reduzir a quantidade de ração ofertada. Se toda a ração for consumida em menos de 10 minutos, aumentar a quantidade.
  • Encontrar a quantidade de ração que os peixes são capazes de consumir em 15 minutos.
  • Prestar atenção no tamanho do grânulo, na presença de sobras e na velocidade de consumo.

A conversão alimentar aparente, que é alcançada nas criações de tilápias em viveiros de águas verdes, está na faixa de 1,2 a 1,3 kg de ração para cada quilograma de peixe produzido (1,2–1,3:1).

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